VIII Salão de Artes Universitário
O Salão de Artes Universitário Regional da UNEB foi um acontecimento marcante na vida universitária e na comunidade externa nos anos em que ele aconteceu, mobilizando docentes, discentes e funcionários do corpo técnico do Departamento de Ciências Humanas, e também a comunidade externa, especialmente a classe artística e suas múltiplas expressões. Sua primeira edição ocorreu em 1995, e manteve-se regular, anualmente, até o ano de 1999, quando ocorreu a sua 5ª edição, tendo sofrido uma interrupção até o ano de 2003, quando ocorreu a 6ª edição, e teve sua última edição, a 7ª, no ano de 2004, há exatos 20 anos. Apesar de sua expressiva importância, sua interrupção se deve, entre outras razões, às dificuldades de recursos para custeá-lo, à alteração do grupo de alunos que o promovia, e à mudança de gestão do DCH III, quando outras atividades no âmbito do Departamento ocuparam nossa atenção e nossa ocupação.
Nas cinco primeiras edições, nos anos 1995 a 1999, o Salão de Artes Universitário Regional da UNEB, foi promovido principalmente por membros do Diretório Acadêmico (DA) do Curso de Pedagogia, com liderança de Cixto de Assis Bandeira Filho, egresso do curso, contando com apoio da direção do DCH III e de instituições externas. Nas duas últimas edições, nos anos de 2003 e 2004, também foi realizado pela gestão do DA de Pedagogia, também contando com apoio da Direção do DCH III e contou com um patrocínio fundamental da Fundação Cultural de Juazeiro (FCJ), na época presidida por Cixto de Assis Bandeira Filho, egresso de Pedagogia e promotor das 5 primeiras edições do Salão.
Em suas sete (7) edições, o Salão de Artes Universitário Regional da UNEB mobilizou a comunidade interna e externa em torno de diversas linguagens das artes e da cultura: conto, dança, escultura, fotografia, música, pintura, poesia e teatro, e ainda promoveu shows e apresentações de expressões da cultura popular e tradicional, tornando o espaço do DCH III um espaço povoado de pessoas de dentro e de fora da universidade, e constituído de interações e afetos diversos. Com a edição do Edital 029/2024, do Programa de Arte e Cultura (PROARTE) da UNEB, vislumbramos a possibilidade de retomá-lo, por ter sido um evento sem precedentes na história da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Juazeiro, e do Departamento de Ciências Humanas do Campus III, que a sucedeu. Na VIII edição, objeto deste projeto, além dos gêneros contemplados nas edições anteriores – conto, dança, escultura, fotografia, música, pintura, poesia e teatro – mais dois gêneros estarão inclusos: o audiovisual e a expressão da cultura popular.
Sua importância é mobilizar fazedores de cultura locais e regionais dos mais variados matizes, num acontecimento que inclui exibição, fruição e premiação das melhores expressões em cada modalidade. Através deste evento, visamos romper os muros físicos e institucionais da universidade, promovendo cultura, lazer, entretenimento e inclusão social através do acolhimento das diversidades, da democratização do acesso aos bens culturais, do estímulo à criatividade e da visibilidade das produções artísticas populares e eruditas.
Sendo a experiência artística um fator humanizador que gera múltiplas significações, acreditamos que a realização do evento é de relevante importância para a formação dos indivíduos, tornando-os mais aptos para interferirem nos processos de formação de terceiros, dentro das perspectivas de autoconhecimento e conhecimento e reconhecimento do outro, da elaboração e re-elaboração de pensamentos e das incursões nos conteúdos relacionados com a sua trajetória acadêmica, assim como, na inclusão de fatores que evidenciem, dentro da academia, o senso comum como vivência cultural e ciência da realidade. Além do mais, a experiência artística produz a concepção da própria capacidade de transformação, proporcionando ainda a oportunidade de desenvolvimento de potencialidades. O contato com a arte propicia a reorganização de conhecimentos no plano social, intelectual e afetivo, bem como a ampliação de seus horizontes de interpretação sobre o universo em que está inserido. Considerando, portanto, seus aspectos estéticos e comunicacionais, as experiências artísticas produzem novos significados, permitem a manifestação da sensibilidade, o surgimento de modos de criação e a interlocução com o contexto cultural.